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Galeria Trapiche mantém em cartaz segunda edição da exposição Ocupação Trapiche

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Galeria Trapiche mantém em cartaz segunda edição da exposição Ocupação Trapiche

Galeria Trapiche mantém em cartaz segunda edição da exposição Ocupação Trapiche Está em cartaz, na Galeria Trapiche Santo Ângelo, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís, a segunda edição da exposição Ocupação Trapiche #02. A mostra fica aberta ao público até o dia 13 de junho e reúne um conjunto de obras do “PisicoEu”, uma série de desenhos de Eva Braun, de São Luís e de “Nostalgia”, um conjunto de telas de Lilian Camelli, do Paraguai.

“Psicoeu” é uma sequência de ilustrações inspiradas na imersão imagética do ser. Seu foco principal é retratar em imagens o eu, mostrando signos do inconsciente. O título é referente ao foco das ilustrações: a psique, que na mitologia grega é uma mulher que se tornara imortal. Os elementos que compõe cada desenho destaca a ideia das inúmeras coisas que estão fora do alcance da compreensão humana e que, por isso, são expressas em símbolos que dizem respeito a características de cada ser, como o eu é percebido pelo todo.

A artista, Eva Braun é graduanda em design pela Universidade Federal do Maranhão. Iniciou sua caminhada pelo mundo do desenho quando criança e tem se auto aperfeiçoado em ilustrações em aquarela, focando no universo de mulheres.

Já “Nostalgia” reúne trabalhos de Lilian Camelli. É criado a partir de pinturas figurativas e tem o óleo como técnica principal. Em seu universo iconográfico, destacam-se figuras femininas em situações cotidianas, interiores e paisagens de Ypacarai, sua cidade natal. São fragmentos de uma história que se inicia nos primórdios da existência humana que remetem aos arquétipos femininos e que vão sendo traduzidos à luz em cada pintura.

Lilian Camelli nasceu em Ypacarai, Paraguay, 1958. Atualmente vive e trabalha em São Paulo. Participou do Grupo de estudo com Paulo Pasta – Instituto Tomie Ohtake (SP); Foi integrante do Grupo Pigmento – Casa Contemporânea (SP); Fez acompanhamento de projetos – Manuel Fernandes (SP); Pintura com Jorge Pedraza e Martin Hanoos – Taller Del Prado, em Madrid. Sua formação reúne História da Arte com o crítico Rodrigo Naves (SP), História da Arte Contemporânea no MAM (SP), Pintura na Accademia D’Arte de Forença – Itália. Realizou as exposições individuais: “Nostalgia”, em Manzana de la Ribera, com curadoria de Maria Eugenia Ruiz Asunci e “A expressão da arte”, com curadoria de Jussara Martins, da ABCH (Academia Brasileira de Arte Cultura e História), em São Paulo. Também participou de nove exposições coletivas no Brasil, Paraguai e Espanha.

A mostra foi aberta na última quarta-feira (17) com a roda de conversa “O feminino nas artes visuais”, com presença das artistas Eva Braun, Cláudia Marreiros, Jane Maciel, Ana Borges, Maria Tereza e Marília de Laroche. Na oportunidade, o público partilhou suas experiências com arte e mulheres artistas.

“Temos o objetivo de tornar estas discussões mais frequentes neste equipamento de cultura do município, ressaltando que a Galeria Trapiche está aberta para estas trocas de experiências construtivas. Nossa cidade tem muitos talentos que precisam ser conhecidos e, ao longo da exposição, a ideia é que possamos desenvolver produções aqui com a realização de oficinas nos diferentes campos das artes visuais”, frisou Camila Grimaldi, diretora da galeria.

CHAMADA

A exposição é resultado da Chamada Pública Nacional de Ocupação Artística do equipamento municipal, que atraiu a participação de artistas de todo o país com interesse em expor trabalhos em qualquer categoria do campo das artes visuais. Uma das artistas selecionadas e que está expondo nesta edição, Eva Braun, participou da roda de conversa de abertura e contou como se dá o seu processo de criação com desenhos em aquarela.

“Sinto uma necessidade maior em representar as mulheres em minhas artes, o ser mulher e suas questões. Apesar das mulheres já estarem mais representadas em obras, mas o homem acaba sempre mais evidenciado nas artes. Então é natural, fico mais a vontade para desenhar o universo feminino, é como um fluxo de consciência, eu projeto o que já está em mim”, disse.

A mediadora do debate, Marília de Laroche, enfatizou que a história pessoal da mulher ajuda a dar expressão a sua arte. “Este é um tema bem pertinente, porque muitos confundem feminino com feminismo, o que são coisas diferentes. O feminino não tem a ver com a roupa ou maquiagem, nenhuma mulher deixa de ser mulher pela forma como está vestida. Também vai além da sexualidade, é um espaço que ela ocupa, lembranças, afetos. A mulher que é artista consegue ser fidedigna ao feminino, a retratando com sentimentos e com integridade”, observou.

A chamada selecionou o trabalho de 13 artistas locais e nacionais que vão expor ao longo do ano na galeria. O principal objetivo da ocupação é o de atender à política cultural municipal que incentiva o fomento às artes visuais por meio de atividades de circulação de obras e intercâmbio do trabalho de artistas de diferentes regiões.

A Galeria Trapiche fica localizada na Av. Sen. Vitorino Freire – Centro (em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande) e está aberta ao público para visitação de segunda a sexta, no horário de 9h às 12h e de 14h às 19h.

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