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Alface romana com bactéria mata 5 e contamina quase 200 nos EUA Surto de E.coli já é considerado o maior dos últimos 12 anos no país; transmissão da doença também está ocorrendo via oral e abrange 35 Estados

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Alface romana contaminada é proveniente da região de Yuma, no Arizona

Alface romana contaminada é proveniente da região de Yuma, no Arizona

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Cinco pessoas morreram e quase 200 adoeceram ao consumir alface romana contaminada pela bactéria E.coli (Escherichia coli) nos Estados Unidos.

Considerada um surto pelo Centro de Controle e de Prevenção de Doenças (CCD), a infecção por E.coli abrange 35 dos 50 Estados norte-americanos.

A mortes ocorreram no Arkansas (1), Califórnia (1), Minnesota (2) e Nova York (1).

A doença começou a se disseminar há pouco mais de dois meses – o primeiro caso foi registrado no dia 13 de março.

Das 187 pessoas infectadas, 89 foram hospitalizadas, o que corresponde a 48%, incluindo 26 que desenvolveram síndrome hemolítico-urêmica, um tipo de insuficiência renal que pode ser fatal para grupos mais vulneráveis como idosos e crianças.

E. coli é um tipo de bactéria encontrada no próprio intestino humano e de outros mamíferos. Embora a maioria das cepas seja inofensiva, algumas podem causar doenças que são transmitidas por meio de água e alimentos contaminados como carne bovina malcozida, leite cru, queijos moles feitos com leite cru, frutas e legumes crus.

A maioria das pessoas apresenta sintomas como cólica e diarreia e se recupera em torno de 10 dias. O tratamento é feito à base de antibióticos.

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Mas um tipo da bactéria conhecido como E. coli O157: H7 produz uma toxina chamada Shiga que destrói as células vermelhas do sangue, provocando insuficiência renal e diarreia hemorrágica.

Maioria das pessoas contaminadas é mulher

Trata-se do pior surto nos Estados Unidos de E.coli desde 2006, quando 205 contraíram a doença e cinco morreram após consumirem espinafre contaminado.

A contaminação atingiu pessoas de 1 a 88 anos, sendo a média etária de 29 anos, a maioria mulheres – 68%.

O CCD ressalta que a abrangência da doença deve ser ainda maior, pois casos ocorridos após o dia 6 de maio podem ainda não ter sido relatados devido ao período no qual a doença leva para se manifestar, de duas a três semanas.

Profissionais de saúde estão entrevistando os doentes para tentar confirmar a origem da contaminação. Entre as 158 pessoas entrevistadas até o momento, 140, o que equivale a 89%, relataram ter ingerido alface romana na semana anterior ao início da doença.

Algumas pessoas que ficaram enfermas não relataram o consumo do alimento, mas que tiveram contato próximo com uma pessoa que ficou doente por ter consumido o produto.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), além de alimentos e água contaminados, algumas variantes dessa bactéria podem ser transmitidas de uma pessoa para outra por meio do contato fecal e oral, por exemplo, troca de fraldas e mãos sujas levadas à boca.

A alface romana disponível nos mercados e restaurantes citados era proveniente da região de Yuma, cidade do Estado do Arizona próxima à fronteira com o Estado da Califórnia.

O Food and Drug Administration (FDA) informou que apenas a alface romana ensacada e pré-picada estava contaminada com E. coli, mas, segundo o jornal norte-americano The Washington Post, vários presos em uma detenção no Alasca também ficaram doentes depois de comerem alface inteira – não embalada.

O surto da doença ainda não foi vinculado um determinado distribuidor, processador ou fazenda pelo FDA.

O Canadá também chegou a anunciar seis casos de doença causada pela mesma bactéria com genética similar à relatada nos Estados Unidos. Há suspeita de que pessoas contaminadas em fase de incubação tenham atravessado a fronteira dos Estados Unidos e levado a doença ao Canadá.

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