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Voluntários passam noite de Natal com quem não tem família: ‘Sou sozinho, tenho 80 anos, agradeço por isso’

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“São pessoas que tem amor no coração, isso é muito bom demais”, comenta o guardador de carros de Campo Grande (MS). Festa aconteceu na Praça Cuiabá, no centro da capital.

Na noite de Natal, a mesa foi preparada na praça com muito carinho. Os convidados chegaram aos poucos para a ceia. São pessoas que vivem pelas ruas de Campo Grande, sozinhas, e contam com a solidariedade de desconhecidos. O cuidador de carros Antônio Gotardo, de 81 anos, é uma dessas pessoas:

‘Sou sozinho, tenho 80 anos, agradeço por isso, por existir pessoas que queiram fazer isso”.

Antônio Gotardo, de 81 anos, não tem família e ficou feliz de ter com quem passar a noite de Natal.  — Foto: TV Morena/ReproduçãoAntônio Gotardo, de 81 anos, não tem família e ficou feliz de ter com quem passar a noite de Natal.  — Foto: TV Morena/Reprodução

Antônio Gotardo, de 81 anos, não tem família e ficou feliz de ter com quem passar a noite de Natal. — Foto: TV Morena/Reprodução

Além do jantar, teve distribuição de presentes, algo que é necessário mas que raramente conseguem comprar: roupas. Teve Papai Noel trazendo um pouco de alegria para quem já leva uma vida tão carente de ilusões de qualquer tipo, como disse Clauber Rodrigues, cuidador de carros:

“As pessoas se ajudam, se preocupam, tem amor no coração isso é muito bom demais”.

Os organizadores da festa fazem parte de um grupo chamado “Guerreiros do Amor”, que existe desde 2015. Eles fazem ações semanais para ajudar pessoas em situação de rua. Quase 100 voluntários ajudaram na preparação do banquete servido na Praça Cuiabá. “Toda vez que eu vou levar comida para eles, saio tão feliz, tão cheia de ideias, querendo fazer mil coisas, isso faz bem é pra gente”, conta A voluntária Kalinca Miranda.

Enquanto isso, no centro da capital, mais um Papai Noel se prepara, para distribuir quase 200 refeições. O professor Carlão, do Instituto Sangue Bom (que se dedica a doação de sangue e de órgãos) passará a noite de natal com as pessoas na rua.

Um pequeno gesto, mas que pode despertar a fé, de quem um dia perdeu as forças para lutar contra o vício das drogas, como o morador de rua Celso Machado:

“Não foi isso que Jesus falou? Nós somos um. Porque as pessoas são diferentes? Porque um precisa da qualidade do outro. Isso é o que mantém as pessoas unidas”.

Para o professor Carlão, que passou boa parte da noite de Natal ao lado da esposa e conversando com o Celso, dando-lhe atenção e ouvindo-o com respeito, a noite de Natal foi mais que gratificante:

“Isso é fantástico, é impagável e sem dúvida, é um dos melhores Natais que eu tô passando na minha vida”.

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