Os Festejos Juninos – que começam nos ensaios de maio, agitam todos os fins de semana de junho (a partir de 5a.feira) e alegram as férias de julho -, transformam a capital, São Luís, num imenso palco da cultura popular, jamais visto no Brasil.
Não tem um só palco.
Não tem uma só atração.
Não é apenas a quadrilha junina que entra da roda, e rodopia, como em outros estados.
Tem o bumba-meu-boi para todos verem e aplaudir,
Em cinco estilos (sotaques) diferentes: Matraca, Zabumba, Orquestra, Baixada, Costa-de-mão.
Mais de 200 grupos.
Tem ainda os “Boizinhos-espetáculos”
E os grupos-mirins.
A jinga da Dança do Cacuriá,
A garbosa Dança Portuguesa.
Poucos grupos da Dança do Coco, Dança do Caroço e Dança da Fita.
Um reggae aqui,
Um show de MPM (Música Popular Maranhense) acolá.
Xote, baião, xaxado
Um forró lasqueira, forrado,
Solto, rodopiante ou colado.
Manifestações com elementos indígenas,
Africanos, portugueses, franceses até.
E ainda jamaicanos.
Tudo junto e misturado
com cores, odores,
Tambores, sabores.
O rural dançando o urbano.
O campo dentro da cidade.
É a cara de um estado gigante,
Pobre, é verdade,
mas elegante,
Que esnoba sua riqueza cultural.
[wpvideo pYzu3TNi](Gil Maranhão/Jornalista)