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SEG (24) Prefeitura e Governo promovem inclusão social com curso de capacitação em Libras

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Encerra nesta terça-feira (25), o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ofertado aos servidores da Biblioteca Municipal José Sarney, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís e ainda aos professores e comunidade local. A capacitação integra a programação da Semana do Bibliotecário em São Luís, evento que aconteceu em alusão ao dia do Bibliotecário, celebrado em 12 de março. Totalizando 40h, o curso de Libras é resultado de parceria entre a Prefeitura e Governo do Estado.

“Percebemos a necessidade de reduzir as barreiras de comunicação entre ouvintes e surdos, por isso solicitamos esta oficina para fomentar a inclusão, garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos seus direitos e co bons serviços prestados no atendimento ao público da biblioteca”, destacou a diretora da Biblioteca Municipal, Rita Oliveira.

A professora e intérprete de Libras do Centro de Apoio a Pessoas com Surdez (CAS), ligado ao Governo do Estado, Gabriella Pinheiro, ressaltou que a oficina garante à pessoa surda, o direito de ser atendida em seu idioma. “Respeitar a comunidade surda é uma forma de permitir que a cidadania aconteça, para eles é uma condição normal se comunicar em libras. Precisamos entender a língua de sinais como uma diferença linguística e cultural, não como uma deficiência. O curso vem tornar esta língua, que é a segunda língua oficial do país, mais acessível e mais conhecida. É um projeto realizado regularmente pelo CAS, desde 2012, em homenagem aos 10 anos da lei que reconhece e oficializa em todo país a comunicação e expressão por meio da Língua Brasileira de Sinais”, disse a ministrante do curso.

LÍNGUA

A língua de sinais é captada pelo surdo pela visão, expressões faciais e movimentos corporais. Durante o curso, os participantes conheceram o universo dos sinais, adquirindo vocabulário básico para conversação mínima – em especial no contexto escolar e de biblioteca -, compreendendo as especificidades linguísticas e gramaticais da língua, além do alfabeto de libras, números, animais, saudações, bairros, diálogos rotineiros, entre outros.

Os sinais são convencionados entre a comunidade surda, que estuda e pesquisa para determinar, por exemplo, sinais dos bairros locais. Para que os participantes tivessem uma maior interação com o surdo e tirassem dúvidas, o professor do CAS, Cláudio Jorge, integrou a grade curricular do curso e ensinou sobre gírias, cores e bairros. “Somente o surdo pode dar nomes através dos sinais e será ele que batizará os alunos, a partir de agora todos terão um sinal como se fosse o seu nome na linguagem de sinais”, explicou o professor.

Na oportunidade, Cláudio Jorge contou sobre sua história de vida e o preconceito enfrentado no início. “É bom conhecer estas história e ter esse olhar mais sensível com o outro, é criar uma cultura de respeito mútuo e de acolhimento aos surdos, tratando-os de forma igualitária e inclusiva”, disse o professor que assim como seu irmão nasceu surdo. Somente aos 7 anos eles começaram a se comunicar, indo estudar libras aos 12 anos, no Rio de Janeiro.

SAIBA MAIS

No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais é oficial para surdos desde a edição da Lei nº 10.436/2002. A lei garante às pessoas com deficiência auditiva o acesso à educação e à saúde e determina que o poder público e concessionárias do serviço público devem assegurar o atendimento diferenciado em Libras para os deficientes auditivos, realizado por, pelo menos, 5% dos servidores e funcionários capacitados para uso e interpretação da língua.

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