O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou no início da noite desta quarta-feira (18) a São Luís, para uma série de encontros com líderes políticos e movimentos sociais.
O ex-presidente foi recebido pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).
Além de Dino, Lula deverá se reunir com Weverton Rocha (PDT), Carlos Brandão (PSDB) e Roseana Sarney (MDB).
Na pauta, eleições de 2022, o desenvolvimento regional, o combate à fome e a luta por vacinas.
Assista à entrevista coletiva de Lula no Piauí
Lula no Piauí: ‘Não tenho o direito de me aposentar, nem de ficar quieto’
Em seu segundo dia de visita ao Piauí, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira (18) o Centro Integrado de Recuperação (Ceir), em Teresina, onde conversou com vítimas da covid-19, que fazem tratamento de sequelas da doença causada pelo novo coronavírus.
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Mais cedo, Lula esteve reunido com juristas e integrantes da OAB daquele estado.
“Hoje visitei um Centro de Reabilitação do Covid no Piauí. Só tem oito no Brasil. Nenhum é do governo federal. Pedi pro (governador) Wellington Dias filmar e mandar pro ministro da Saúde pra ver se aprendem. Já são mais de 3 mil atendidos. Covid não é gripezinha. Continuem se cuidando”, postou em seu Twitter, horas depois.
“Esperamos muito por essa visita, mas esperamos mais ainda um momento adequado para isto. Lula respeita e entende que passamos e estamos numa pandemia, mas ele não se nega a estar com seu povo. O Piauí abraça Lula. Lula abraça o Piauí”, devolveu Wellington.
Do lado de fora da unidade de saúde, apoiadores de Lula se reuniam com suas bandeiras, procurando seguir protocolos que pedem o distanciamento social.
Nesta quinta (19), Lula e sua comitiva desembarcam em São Luís, no Maranhão, do aliado Flávio Dino (agora no PSB), para extensa agenda com políticos, cujo objetivo principal é ampliar a aliança das forças progressistas para derrotar a candidatura Bolsonaro nas urnas em 2022.
“Não tenho direito de me aposentar, nem de ficar quieto, nem de carregar ódio. E o PT tem a obrigação de voltar. Lá na frente definimos candidatura. Eu ainda não sou candidato. Mas estou na fila… Vou confessar que nunca tive tanta vontade de ser presidente igual eu tô com 75 anos”, postou.
Aliança frágil
Em sua passagem pelo Ceir de Teresina, o ex-presidente avaliou que a união entre Jair Bolsonaro e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), nomeado ministro-chefe da Casa Civil, não terá vida longa.
Ou seja, a aliança, com o objetivo de melhorar o relacionamento do governo com o bloco do Centrão, sobretudo na Câmara, poderá estar com os dias contados.
“Com todo o respeito que eu tenho às pessoas, eu não sei por quanto tempo o Ciro (Nogueira) vai ficar com o Bolsonaro. E nem acredito que esse ‘casamento’ vai ser muito mais longo do que se imagina”, disse Lula, em entrevista coletiva que também marcou o fim de sua visita ao Piauí.
“Ciro foi levado para o governo como se o fosse um deus, para salvar a articulação política com o Centrão. Mas nem por isso, porém, tem sido vitorioso o ‘casamento’. Bolsonaro já perdeu o voto impresso, o voto proporcional e o distritão. O Ciro não demonstrou força. Bolsonaro pode até se livrar do impeachment, como está escapando, mas não escapará do julgamento do povo brasileiro em 2022, nas urnas. A mentira não se repetirá”, disse o ex-presidente
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