Projeto ‘São João do Maranhão’ leva estudantes da rede municipal à Casa do Maranhão Estudantes das Unidades de Educação Básica (U.E.B.) José Augusto Mochel, no Maracanã, e Pedro Marcosini Bertol, no Jaracati, visitaram esta semana a Casa do Maranhão, na Praia Grande (Centro Histórico de São Luís), onde conheceram de perto indumentárias, imagens e réplicas de personagens da cultura do Maranhão, como o bumba meu boi e o tambor de crioula, além de assistirem a vídeos educativos e participarem de uma oficina de contação de histórias. A visita dos alunos marcou a culminância do projeto ‘São João do Maranhão’, desenvolvido desde o início do mês de maio em algumas escolas da rede municipal com crianças das séries iniciais (2º e 3º ano do Fundamental). A outra escola que também visitou o espaço por meio do projeto, foi a U.E.B. Maria Alice Coutinho, no Turu. O secretário de Educação de São Luís, Moacir Feitosa, reconhece a dedicação dos professores da rede, que não têm medido esforços para ensinar e educar de forma prazerosa, por meio de atividades lúdicas, que estimulem o aprendizado. “Temos recomendação do prefeito Edivaldo para apoiar as atividades desenvolvidas pelos nossos educadores em sala de aula, dando todo o suporte necessário para as atividades extraclasse que necessitem de uma logística diferenciada. E temos nos esforçado para dar esse apoio, pois sabemos que as aulas práticas, que incluem a visitação em museus, parques ecológicos e em feiras artesanais e culturais colaboram para fixar o conteúdo desenvolvido em sala de aula, ampliando o universo do estudante”, salientou o titular da Semed. PROJETO O projeto ‘São João do Maranhão’ reúne 14 professoras e uma coordenadora pedagógica de 13 escolas da rede pública municipal. A professora Luzinete Gomes da Silva, técnica pedagógica do Programa de Correção de Fluxo da Superintendência da Área de Ensino Fundamental (SAEF) da Semed, conta que o projeto foi elaborado para promover a alfabetização por meio da cultura maranhense. Segundo ela, as professoras alfabetizadoras visitaram a Casa do Maranhão previamente, no início do mês de maio, e a partir de então passaram a trabalhar a cultura maranhense em sala de aula por meio da leitura e escrita, desenhos e vídeos educativos. “As professoras utilizaram uma metodologia que valoriza o aprendizado coletivo, promovendo a interação entre os estudantes”, observa Luzinete Silva. A professora Jéssica Pereira, do 2º ano na U.E.B. Pedro Marcosini Bertol, diz que, além de levar para a sala de aula textos e imagens para retratar a cultura do Maranhão de uma forma geral, ela também mostrou as danças, as comidas típicas e outros itens que fazem parte dos festejos juninos, destacando o bumba meu boi e o tambor de crioula, que são típicos do São João do Maranhão. “Passei todo o mês de maio trabalhando a cultura maranhense, como forma de estimular a leitura e a escrita em sala de aula. Quando chegou o mês de junho, foquei no auto do bumba meu boi, contando histórias e falando dos autores maranhenses que tratam do assunto. Confeccionamos boizinhos e os alunos também encenaram o auto do bumba boi de uma forma lúdica, como eles assimilaram. O resultado foi excelente”, assegura a professora. O projeto teve a parceria da Casa do Maranhão, por meio do seu diretor, Iguatemy da Silva Carvalho. “Uma das funções do museu é educar, é proporcionar a prática de conteúdos ministrados pelo professor em sala de aula. Por isso, é um espaço que deve trabalhar em parceria com as escolas. Vejo no projeto ‘São João do Maranhão’ a oportunidade de o professor trabalhar a transversalidade, de gerar no seu aluno o sentimento de pertencimento e de trabalhar noções de identidade e territorialidade, que são tópicos de extrema importância no contexto atual”, destaca Iguatemy. Os estudantes adoraram o passeio. Jennyfer Ariele Silva Ferreira, 7 anos, do 2º ano na U.E.B. Pedro Bertol, ainda não tinha visitado a Casa do Maranhão. “Aqui é muito bonito. Gosto muito de ler e algumas coisas que li da história do bumba meu boi e também das coisas que a professora contou para gente em sala de aula, estão todas aqui. Estou muito feliz de ter vindo”, disse a aluna. |