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Operação que prendeu prefeito de Caldas Novas apura que empresas fantasmas ganharam licitações que renderam pelo menos R$ 1 milhão

Ministério Público aponta que pelo menos dez processos foram fraudados. Investigação apontou que empresários se beneficiavam do esquema.

Prefeito de Caldas Novas Evandro Magal foi preso suspeito de corrupção, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Prefeito de Caldas Novas Evandro Magal foi preso suspeito de corrupção, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Operação Negociata, que resultou na prisão do prefeito de Caldas Novas Evandro Magal e mais oito pessoas, apura fraudes em pelo menos dez licitações realizadas pela Prefeitura de Caldas Novas, no sul goiano. Segundo o do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), empresas fantasmas chegaram a ganhar os processos, que geraram, pelo menos R$ 1 milhão em vantagem indevida.

“São várias licitações, cerca de dez, mas com as buscas, percebemos que outras também podem ter sido fraudadas. Só com uma planilha que a gente tem, levantamos que a vantagem indevida chega a R$ 1 milhão”, disse o promotor de Justiça Luís Guilherme Gimenes.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Caldas Novas informou à TV Anhanguera, na quinta-feira, que o prefeito Evandro Magal, por meio da assessoria jurídica informa que “se encontra à disposição da Justiça e que colaborará com as investigações coordenadas pelo MP-GO”.

Já o advogado dele, Caio Alcântara, disse que “não há provas contra ele [prefeito] apresentadas nos autos”. Disse ainda que “os supostos atos a ele imputados são inverídicos e serão, sem dúvida, esclarecidos perante a Justiça”.

A Operação Negociata foi realizada na quinta-feira (13) e cumpriu nove mandados de prisão e 32 de busca e apreensão. Cinco das detenções foram feitas em Caldas Novas, no sul do estado, duas em Goiânia e uma em Santa Vitória (MG). Todos passaram pelo Instituto Médico Legal (IML) da capital e depois foram levados ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde passaram a noite.

Os promotores também encontraram durante a operação US$ 120 mil. O MP-GO não revelou a quem pertence a casa em que o dinheiro estava, mas a TV Anhanguera apurou que a quantia foi achada no imóvel de um empresário, em um condomínio de luxo em Goiânia. Além das notas, a operação apreendeu um revólver de calibre 38, cheques e documentos em endereços de Goiânia, Caldas Novas, Morrinhos, Itumbiara, Aruanã e Aparecida de Goiânia.

Prefeito Evandro Magal foi preso no prédio em que mora, em Caldas Novas — Foto: Reprodução/TV AnhangueraPrefeito Evandro Magal foi preso no prédio em que mora, em Caldas Novas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Prefeito Evandro Magal foi preso no prédio em que mora, em Caldas Novas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Trocas de favores e lavagem de dinheiro

De acordo com o MP-GO, alguns empresários se beneficiavam com a atuação ilícita dos agentes públicos e estão sendo investigados pelo pagamento de propina. Conforme os promotores, há indícios de que o prefeito de Caldas Novas, que foi reeleito em 2016, recebeu dinheiro de empresas do ramo do turismo, em 2015, para a expansão do perímetro urbano da cidade, favorecendo os empresários.

Operação Negociata foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e pelo Centro de Inteligência do MP-GO, em parceria com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.

O prefeito Evandro Magal foi preso no Residencial Saint Paul, prédio em que mora com a família, em Caldas Novas. E foi transferido às 13h desta quinta-feira, junto com outros 4 presos na cidade, para a sede do MP-GO, em Goiânia.

Entre os locais alvos da operação estão os prédios da Prefeitura de Caldas Novas e do Poupa Tempo, um centro de serviços oferecidos para a população e o gabinete de um vereador, que não teve a identidade revelada.

Em Goiânia, policiais cumpriram mandados em um dos alvos da operação, a sede nacional de uma empresa investigada, que fica no Setor Esplanada do Anicuns, na região norte da capital.Afastado no início do ano

Evandro Magal e o vice dele, Fernando de Oliveira Resende (PPS), foram afastados dos cargos no dia 17 de janeiro deste ano, após serem condenados por abuso de poder por meio de veículo de comunicação por pagarem anúncios em um jornal em período pré-eleitoral. No entanto, reassumiram os postos um dia depois, após liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em nota, a assessoria de imprensa dos políticos informou na época que o “entendimento jurídico é que o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, e o vice-prefeito, Fernando Resende, foram, mais uma vez, afastados de forma irregular pelo TRE-GO. O prefeito e o vice-prefeito entendem que, novamente, o Tribunal Superior Eleitoral resguardou o Direito.

Veja outras notícias da região no G1 Goiás.

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