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Na véspera do encerramento, campanha de vacinação contra a gripe não atingiu 8,6 milhões de pessoas

Menor índice de vacinação é entre crianças de seis meses a cinco anos. Ministério da Saúde diz que 44 crianças morreram por causa de gripe, mais que o dobro do ano passado.

Criança é vacina contra a gripe A em posto de saúde no bairro da Terra Firme, em Belém. (Foto: Igor Mota/Amazônia Hoje/Arquivo)
Criança é vacina contra a gripe A em posto de saúde no bairro da Terra Firme, em Belém. (Foto: Igor Mota/Amazônia Hoje/Arquivo)

Na véspera do último dia da campanha nacional de vacinação contra a gripe, 8,6 milhões de brasileiros ainda não tinham se vacinado, de acordo com o Ministério da Saúde. Apesar do prazo ter sido prorrogado até sexta, dia 22 de junho, a meta do Ministério da Saúde de ter 54, 4 milhões de pessoas vacinadas não foi alcançada.

O governo recomenda que municípios que tenham estoque ampliem a vacinação também para crianças de cinco a nove anos de idade e aos adultos de 50 a 59 anos (veja abaixo qual é o público-alvo atual).

Entre o público alvo que ainda precisava ser alcançado, 3,6 milhões são crianças com menos de cinco anos. O Ministério da Saúde informou que já registrou 44 mortes de crianças nesta faixa etária por complicações relacionadas à gripe neste ano. O número é mais que o dobro do mesmo período do ano passado, quando foram 14 óbitos.

Cobertura vacinal – público alvo
Em percentual (%); meta é ter 95%
67,767,7717188,688,690,590,5919196,296,29898CriançasGestantesTrabalhadores da saúdeIndígenasIdososMães de recém-nascidosProfessores0102030405060708090100110
Fonte: Ministério da Saúde

Alerta sobre a cobertura

Para o Ministério da Saúde, a baixa cobertura registrada até o período “acendeu um alerta”. A preocupação, segundo a pasta, é com o inverno, período considerado de maior circulação do vírus da gripe.

A região Sudeste tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 77,2%. Em seguida estão as regiões Norte (78,4%), Sul (84,8%), Nordeste (89,3%) e Centro-Oeste com a melhor cobertura, de 96,5%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão, Paraíba, e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 60,4% e Rio de Janeiro, com 62,4%.

Cobertura vacinal

Estado Doses distribuídas Público-alvo Cobertura vacinal
RO 428.600 389.605 79,9
AC 239.200 217.406 74,93
AM 1.130.200 1.027.397 73,63
RR 219.400 181.240 60,46
PA 2.063.000 1.875.150 78,7
AP 195.400 177.555 99,6
TO 406.600 369.567 90,88
MA 1.858.500 1.689.524 90,14
PI 888.900 808.005 86,91
CE 2.515.300 2.286.580 95,36
RN 967.400 879.430 88,58
PB 1.176.700 1.069.715 90,78
PE 2.639.300 2.399.361 89,68
AL 866.700 787.908 91,92
SE 562.700 511.525 85,94
BA 4.013.600 3.648.652 85,08
MG 6.153.100 5.593.649 89,36
ES 1.060.400 963.932 94,13
RJ 5.007.600 4.552.323 62,47
SP 13.808.000 12.552.136 76,06
PR 3.467.900 3.152.607 87,64
SC 2.058.400 1.871.189 86,72
RS 4.015.800 3.650.691 81,37
MS 811.200 737.395 84,89
MT 850.500 773.158 89,25
GO 1.812.600 1.593.242 105,57
DF 788.500 706.988 96,84
BRASIL 60.005.500 54.465.930 83,11

Total de casos e mortes

Segundo boletim que contabilizada dados até 16 de junho, foram 3.122 casos de influenza em todo o país, com 535 mortes. Do total, 1.885 casos e 351 mortes foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram 635 casos e 97 mortes. Houve ainda 278 registros de influenza B, com 31 mortes e outros 324 registros de influenza A não subtipado, com 56 mortes.

A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,26% para cada 100 mil habitantes. Em 73,5% houve, pelo menos, um fator de risco para complicação, tais como cardiopatias, diabetes e pneumopatias.

Quem deve ser vacinado

A vacina contra a gripe é indicada por pessoas em maior risco de transmissão (como profissionais da saúde) ou pessoas com maior possibilidade de desenvolver complicações mais graves (como é o caso de idosos). Os grupos são:

  • Professores da rede pública e privada;
  • Profissionais de saúde;
  • Crianças entre 6 meses e cinco anos (estão com a menor cobertura);
  • Gestantes;
  • Mulheres com parto recente (com até 45 dias);
  • Idosos a partir de 60 anos;
  • Povos índigenas;
  • Portadores de doenças crônicas;
  • População privada de liberdade (inclui funcionários do sistema prisional e menores infratores).
  • Via G1
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