Início Sem categoria Irmã de transexual morta em São Borja pede justiça: 'Destruiu nossa família'

Irmã de transexual morta em São Borja pede justiça: 'Destruiu nossa família'

Corpo de Thalia Costa Barboza foi encontrado na manhã de quinta-feira (21) às margens do Rio Uruguai, em São Borja (Foto: Gelci Saraiva/Folha de São Borja)
Corpo de Thalia Costa Barboza foi encontrado na manhã de quinta-feira (21) às margens do Rio Uruguai, em São Borja (Foto: Gelci Saraiva/Folha de São Borja)

Corpo de Thalia Costa Barboza foi encontrado na manhã de quinta-feira (21) às margens do Rio Uruguai. Conforme a polícia, ela foi morta a pauladas pelo jogador de futebol Douglas Gluszszak Rodrigues, de 22 anos.

A família da transexual morta em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, pede justiça. O corpo de Thalia Costa Barboza, de 33 anos, foi encontrado na manhã de quinta-feira (21) às margens do Rio Uruguai.

Conforme a polícia, Thalia foi morta a pauladas por Douglas Gluszszak Rodrigues, de 22 anos, que jogava futebol pela Associação Esportiva São Borja, time que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho. A irmã da vítima, Mariane Costa Barboza, 26 anos, conta que eles estavam juntos há um mês.

“Nós éramos muito próximas, ela me contava tudo. Muita injustiça o que foi feito com ela, ela não merecia isso. Pedimos justiça, pois esse monstro destruiu nossa família”, afirma Mariane.

A mãe de Thalia passou mal ao saber o que tinha acontecido com a filha e precisou ser internada no hospital da cidade. Mariane, ao ver a notícia no Facebook, primeiramente, achou que poderia ser uma brincadeira de mau gosto.

“Depois comecei a entrar em contato com a família e ver as pessoas falando nas redes sociais. E vim as presas para São Borja. Mandei diversos áudios para ela pedindo que me respondesse e parasse com esse brincadeira. Foi muito difícil ver minha irmã pela última vez na situação que a vi. Uma dor muito grande que pode até amenizar, mas nunca vai passar”, desabafa Mariane, que mora em Porto Alegre.

A irmã conta que conversou com Thalia um dia antes de seu corpo ter sido encontrado. Ela relata que Douglas era carinhoso com a namorada e nunca poderia imaginar que uma coisa dessas poderia acontecer.

“Tenho áudios enviados por ela para mim, em que ele falava que amava ela e que não queria ficar sem ela. Uma pessoa que diz que ama outra não faz essa monstruosidade”, afirma.

Thalia é descrita pela irmã como uma “pessoa muito querida pela população de São Borja e carismática”.

“Uma pessoa que, sobretudo, queria crescer na vida, ter um futuro bom para poder ajudar nossa mãe. Ela conquistou a população da cidade.”

Família de Thalia pede justiça (Foto: Arquivo pessoal)
Família de Thalia pede justiça (Foto: Arquivo pessoal)

O sepultamento do corpo de Thalia ocorreu na manhã de sexta-feira (22), em São Borja. O crime causou comoção na cidade, porque a vítima era conhecida pela atuação em defesa da igualdade de gênero. Ela trabalhava como vendedora de títulos de capitalização.

Crime está sendo investigado

De acordo com o delegado Marcos Ramos Vianna, a prisão em flagrante de Douglas Gluszszak Rodrigues, que ocorreu na quinta-feira, foi convertida em preventiva.

O delegado informou também que o suspeito confessou o crime, mas não informou a motivação. Em depoimento, Douglas disse que só vai falar em juízo, de acordo com seu advogado, Walter Prieb. Segundo a defesa, o atleta está na Penitenciária Estadual de São Borja.

“Eles tinham uma relação recente, de aproximadamente 15 dias. Mas ainda não sabemos por que ele matou ela”, diz o delegado.

A polícia chegou até o atleta, natural de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por meio de câmeras de segurança. Os dois aparecem chegando juntos a um apartamento. Os documentos da vítima, além do carro dela, foram encontrados próximo à residência onde o suspeito morava, junto com outros colegas de equipe.

“Conversamos com uma senhora que faz a limpeza do apartamento e ela relatou que achou uma toalha suja de sangue no local. O suspeito também está com as mãos cortadas, provavelmente das agressões”, conta Vianna.

A polícia trata o caso, inicialmente, como homicídio qualificado, devido à forma cruel como a vítima foi morta.

Via G1

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