Argelino de 29 anos estava em processo de separação. Ex-mulher afirmou que ele tinha se declarado gay e ameaçava se matar.
O homem que foi morto a tiros ao tentar esfaquear policiais na segunda-feira (20), na cidade de Cornella Llobregat, naEspanha, estava se separando e passava por uma crise emocional, segundo afirmou o seu advogado ao jornal “La Vanguardia”.
David Martinez negou nesta terça-feira (21) que o argelino Abdelouahab Taib, de 29 anos, fosse um terrorista. “Ele era um bom muçulmano que passava por um mau momento emocional”, declarou o advogado ao periódico espanhol.
Ele e a esposa decidiram se separar há dois meses e tinham assinado o divórcio de comum acordo na terça-feira (14). Taib se preparava para deixar a casa onde moravam nos próximos dias.
A ex-mulher, identificada apenas como Luciana, afirmou à polícia que Taib ameaçava se matar. De acordo com Luciana, ele declarou ser homossexual e sentir “vergonha” por isso já que a sua religião não aceita sua orientação sexual.
As autoridades tratam o caso como terrorismo. Rafel Comes, responsável pela divisão antiterrorista, afirmou que o agressor tinha “claramente” vontade de matar a policial e que “mencionava Alá e outras expressões que não puderam ser identificadas” ao entrar no estabelecimento.
O advogado de Taib defende que a conduta da polícia seja investigada. Para ele, a reação com tiros não é “justificável”, porque Taib estava armado “apenas com uma faca”.
As investigações apontaram que Taib não tinha antecedentes criminais e, até o momento, indicam que ele agiu sozinho. Em sua casa, não foram encontrados indícios de que teria algum vínculo com movimentos extremistas.