Durante operação com a Polícia Civil, o governador informou que ia “botar fim na bandidagem”. Religiosos não ficaram feridos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, causou polêmica ao sobrevoar uma comunidade em Angra dos Reis, a bordo de um helicóptero da Polícia Civil, ao lado de um soldado que carregava um fuzil. Dez tiros acertaram uma lona azul, apontada inicialmente como um ponto de tráfico. No entanto, os policiais se confundiram: o alvo, na verdade, era um local de oração de evangélicos. A informação é do jornal Extra.
O diácono da Assembleia de Deus, Shirton Leone, informou que, por sorte, ninguém se feriu.”Foi um livramento. Nos fins de semana, sempre tem alguém ali, ajoelhado junto à lona, rezando. Faz parte da nossa peregrinação. O prefeito sabe disso”, reclamou.
De acordo com o diácono, aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. “Poderia ter sido uma tragédia”, disse Shirton.
O episódio ocorreu após o governador defender o uso letal de snipers contra traficantes – e dizer até que eles já estariam atuando no Rio. “Estou sobrevoando uma das áreas mais perigosas de Angra dos Reis, onde iniciamos uma operação da Core”, escreveu Witzel no Twitter.
Em outro vídeo, o governador afirmou que ia “botar fim na bandidagem”. A ação não teve resultado significativo, e na segunda-feira (06/05/2019) o governador afirmou que era só “uma operação de reconhecimento”.
“Faz parte do meu trabalho reconhecer essa situação, como nenhum outro governante fez, participar ativamente com a polícia daquilo que é a obrigação do governante”, justificou.
Via- Metrópoles