Poucos políticos tiveram a capacidade de provocar tantos fatos e atos como o presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Astro Ogum (PR).
Figura incisiva, sempre pronto para o embate de flanco aberto, carregando ao mesmo tempo um humor refinado no fazer a mistura perfeita e necessária a um gestor.
Habilidoso no cálculo político, deixa a presidência com a receita do jogo poder pronta para saborear, meio doce, meio salgada, sem esquecer a pimenta para arder os olhos dos adversários.
Pode ser que ele acredite na versão de chegar a cadeira desacreditado, ninguém nunca ousou em pensar assim, bastava fazer a leitura da sua carreira de vereador e de bem-sucedido empresário para entender a sabedoria no escutar, mas implantando matematicamente o que acredita.
Nada impossível superar seus feitos, certamente com outras demandas. Possível, dizerem, após sua saída, que fariam melhor, mas não fizeram. Será lembrado nas horas que o interesse parlamentar for maior que a obrigação com a população. Entra para o pensamento coletivo do “Se fosse Astro fazia” ou na da “Só Astro mesmo para fazer.”
Sabe que ainda vai pagar os preços por moralizar o legislativo da capital, sabe que muitos vão culpar pelo correto, tendo a certeza de sair sem dever nada. Deixa a conta aberta, mas pagou sua parte antes de sair da mesa.