Crime aconteceu em Itanhaém (SP). Segundo a Polícia Militar (PM), homens moravam juntos há cinco anos.
Um homem foi preso em flagrante após matar um amigo a facadas durante uma discussão por discordância política em Itanhaém, no litoral de São Paulo.
Conforme divulgado pela Polícia Militar nesta quarta-feira (5), o suspeito é eleitor de Lula (PT), enquanto a vítima apoiava Jair Bolsonaro (PL).
A discussão foi iniciada por conta da discordância política.
O crime aconteceu no fim da tarde da última terça-feira (4) na Avenida Santo André, no bairro Nova Itanhaém.
Após ser detido pela Polícia Militar, o suspeito, Luis Antônio Ferreira da Silva, de 42 anos, confessou o assassinato e relatou que morava junto com a vítima, José Roberto Gomes Mendes, de 52, há cinco anos.
No local, os agentes encontraram o corpo do bolsonarista no chão e com oito ferimentos de faca espalhados pelo rosto, costas e pescoço.
Ele usava uma camisa com a foto de Bolsonaro. Em depoimento à PM, o suspeito alegou que a discussão começou durante o almoço, quando a vítima disse que “todo petista era ladrão” e recebeu como resposta que ele “estava comendo a comida que o petista comprou”.
Ainda conforme relatado pelo suspeito à corporação, José Roberto atirou uma panela em sua direção e, na sequência, pegou uma faca para atacá-lo. Os dois entraram em luta corporal, quando Luis Antônio tomou o objeto e golpeado a vítima.
Conforme registrado em Boletim de Ocorrência na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém (SP), os “motivos e quantidades de facadas descartam, por ora, o eventual reconhecimento de legítima defesa” por parte de Luis Antônio. O homem foi conduzido à Cadeia Pública de Peruíbe, também no litoral de São Paulo.
O que diz a prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Itanhaém (SP) alegou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu a ocorrência e que ambos tinham “instabilidade emocional”. Ainda de acordo com o município, após cometer o crime, o suspeito aguardou a chegada da PM e do Samu.
Outros casos
No dia 10 de Julho, o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado na própria festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
A Polícia Civil informou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda foi o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Guaranho, que se identifica em redes sociais como apoiador do presidente Bolsonaro (PL), chegou no local gritando ‘aqui é Bolsonaro!’.
Já no Mato Grosso do Sul, no mês passado, a Polícia Civil prendeu em flagrante um trabalhador rural bolsonarista que matou a facadas um colega, apoiador do PT. Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, confessou ter matado Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, na noite de 7 de setembro durante uma discussão por política.