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Equipamentos municipais da Prefeitura de São Luís recebem projeto Literatura Mútua

Equipamentos municipais da Prefeitura de São Luís recebem projeto Literatura Mútua

O Literatura Mútua, projeto literário sem fins lucrativos, já se consagrou no calendário de ações dos equipamentos municipais de cultura da Prefeitura de São Luís. Neste mês de agosto, a Galeria Trapiche recebeu a poeta e prosadora maranhense Jorgeana Braga, e a Biblioteca Municipal José Sarney entrou no mundo da fantasia no bate papo literário com a escritora Jaqueline Morais. Em setembro, as edições acontecerão nos dias 20 e 22, dentro da programação festiva aos 405 anos de São Luís.

Este é o segundo ano do projeto, somando-se duas temporadas, 30 edições e 21 autores convidados em mais de 40 horas de experiências de leitura e escrita compartilhadas. Todas as conversas são gratuitas e mediadas pela escritora e jornalista Talita Guimarães.

Em 2017, o projeto ampliou atividades com edições mensais sendo realizadas também na Biblioteca Municipal José Sarney (Rua do Correio, s/n – Bairro de Fátima), na Livraria e Espaço Cultural da Associação Maranhense de Escritores Independentes – AMEI (São Luís Shopping – Av. Carlos Cunha, Jaracati) e em visitas agendadas a escolas.

Também em setembro, o projeto vai estar com uma exposição e mediando rodas de conversas entre escritores na Feira do Livro do Autor e Editor Maranhense (FLAEMA), de 8 a 17 de setembro, promovida pela Associação Maranhense de Escritores Independentes (AMEI). A Feira celebra o primeiro ano da Livraria e Espaço Cultural AMEI, no São Luís Shopping, que tem o apoio da Prefeitura de São Luís.

“O Literatura Mútua iniciou no ano passado como resultado de uma parceria com a Galeria Trapiche, sendo pensado e realizado primeiramente neste equipamento. Depois resolvemos expandir para a 10ª Feira do Livro de São Luís e o projeto ganhou uma maior proporção. Para este ano ele já se estende para a Biblioteca Municipal ressaltando o papel dos equipamentos municipais de cultura de fomentar a literatura e arte local, além de incentivar outros jovens a praticar a leitura e escrita. O projeto tem essa proposta de trazer jovens escritores maranhenses para rodas de conversas e isso acaba criando um atrativo para o público de todas as idades, em especial a juventude”, destacou a diretora da Galeria, Camila Grimaldi.

RODA DE CONVERSA

Na Galeria, Jorgeana Braga falou da sua satisfação em participar da roda de conversa literária. “O Literatura Mútua é a coisa mais linda nesse ano de Oxum. Água de renovação e firmeza de Oxum e a beleza de Talita Guimarães. Axé! Força nas pernas às nossas caminhadas”, disse. A poeta e prosadora é natural de São Luís, autora de “Janelas que escondem espíritos” (1997) e “A casa do sentido vermelho” (2012), pelo qual recebeu o Prêmio Aluísio Azevedo no XXXIV Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís. Tem inéditos os livros “Cemitério de espumas”, “Abololôs: poemas para caixa de fungos” e “Sangrimê”.

O público conheceu sua trajetória na escrita e seus novos projetos. “Essa trajetória eu não posso dizer que foi linda totalmente. Ela foi muito sofrida, porque o ato da escrita para mim é um ato essencial, ter esse nó na garganta que eu sinto e que acho que muita gente sente quando faz qualquer tipo de movimento artístico”, revelou Jorgeana Braga. “Você quer entregar ao mundo uma linguagem que você vê presa. É querer de alguma forma comunicar aquilo que as pessoas silenciam. Hoje busco outra linguagem, outras referências, outras radicalidades, pode-se dizer assim. Então essa é a minha primeira trajetória que eu posso falar, tudo é novo”, concluiu Jorgeana Braga.

Já na Biblioteca Municipal, o Literatura Mútua é pensado para um público mais jovem e que está iniciando suas experiências de leitura. Desta vez, recebeu estudantes da rede pública do 3º ano, do C.E. Estado do Amazonas, para partilhar e ouvir sobre o universo literário com Jaqueline Morais. Os alunos ficaram atentos e se identificaram com a linguagem jovem da convidada, que tornou a conversa bem leve e participativa.

Jaqueline Morais contou como os livros transportam o leitor para outros lugares ou mundos. “Vejo a fantasia aliada ao meu cotidiano e já gosto, ainda mais se tiver magia, sobrenatural e terror. E foi lendo o que me agradava que resolvi escrever minha própria história, me inspirei no universo fantástico e criei o meu, com meus personagens, cenário, enredo, romance e os desafios que misturam ficção e realidade”, disse Jackeline Moraes

A autora é natural de Pindaré-Mirim, mas mora em São Luís. Formada em Letras-Espanhol (UFMA), escreveu o romance infanto-juvenil “Lili Ffritt e o mundo dos humanos” (Giostri, 2017), o primeiro da triologia. A previsão é que o segundo livro seja publicado no final de 2018 e o terceiro em 2019. “Um dos capítulos escrevi ainda no ensino fundamental, era um conto que adaptei ao livro. Comecei a escrever o primeiro em 2009 e só publiquei este ano, os outros já estão escritos, mas o público tem comentado bastante e estou refazendo alguns capítulos. É importante essa troca com os leitores, por isso estou aberta a sugestões sempre.

Os alunos anotaram as dicas de livros da escritora, os best sellers, autores maranhenses que escrevem para o público infanto-juvenil, e a possibilidade de encontrar os livros em outras plataformas, como aqueles que viram filmes. “Só em estar em um ambiente acolhedor e inspirador que é uma biblioteca, já é uma oportunidade única para nossos alunos. Ainda mais com a presença de escritores que falam na mesma linguagem que eles e os incentivam a serem bons leitores futuramente”, ressaltou Daysemar Azevedo, professora de produção textual que acompanhou a turma.

“Este projeto vem incentivar a formação de novos leitores, podemos ver que além das histórias, descobertas e reflexões, que é natural dessa fase da vida, os convidados mostram onde os estudantes podem encontrar estas e outras histórias que lhes ajudarão a se encontrarem, convidando o público a frequentar a Biblioteca Municipal. Nossa parceria vem desde a 10ª FeliS e a ideia é que este ano continue. Neste equipamento já realizávamos o ‘Conversa com o escritor’ e o Literatura Mútua veio dar esse ritmo mensal para os diálogos”, finalizou Rita Oliveira, diretora da Biblioteca Municipal.

Em 2016, o Literatura Mútua promoveu onze edições entre agosto e dezembro na Galeria Trapiche (Av. Vitorino Freire, Praia Grande) e na Feira do Livro de São Luís – FeliS (Centro Histórico de São Luís-MA). A primeira temporada do projeto contou com edições com os escritores: Felipe Castro (MA), Sabryna Mendes (MA), Jônatas (MA), Júlia Emília (MA), Thalita Rebouças (RJ), Ferréz (SP), Duda Veloso (MA), Igor Nascimento (MA), Gustavo Lacombe (RJ), Zema Ribeiro (MA) e Manu Marques Barbosa (MA).

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