Cinco caminhões carregados com bananas, laranjas e frutas diversas furaram um dos 16 bloqueios provocados feitos por caminhoneiros para fazer o abastecimento na Ceasa em São Luís. Cerca de 40 caminhões estavam previstos para desabastecer nesta segunda-feira na Ceasa.
Alguns produtos que conseguiram descarregar chegaram estragados ao local, por conta do longo tempo de espera que passaram parado nas filas em estradas do Maranhão. Apesar da chegada do carregamento, a Ceasa opera com apenas 20% de estoque de alimentos. Por conta da greve dos caminhoneiros que já dura oito dias, o Ceasa enfrenta uma crise de desabastecimento.
“Os produtos que chegaram estavam presos desde terça-feira. Foi feito uma seleção porque muita coisa não estava em condição de não ser consumido. Rapidinho limpou [o estoque] e foi vendido”, disse o presidente da Ceasa, Milton Gadel
A movimentação de consumidores registrada na manhã desta segunda-feira (28) foi considerada pequena e por conta da falta de produtos, alguns revendedores fecharam seus boxes mais cedo. O presidente afirma que desde a última terça-feira (21) houve a entrada de poucos alimentos na Cooperativa, o que tem causado preocupação por parte dos fornecedores e consumidores.
“Desde terça-feira que não entra nada, não se soluciona, nós estamos esperando o momento para poder carregar. Os produtores hoje não querem carregar uma nova mercadoria com medo de ficar preso de novo e ter novos prejuízos, então como está tudo indefinido está tudo parado”, afirmou Gadelha.
O presidente explicou que os produtos que estão sendo vendidos foi o que sobrou das mercadorias que haviam chegado na semana passada. Caso não chegue novos carregamentos com alimentos, é considerado o risco de desbastecimento total da Ceasa.
“O que você vê ai é pouca coisa. As bancas estão desabastecidas, os boxes estão fechados, os grandes distribuidores estão só esperando notícias novas. Então realmente o abastecimento já é declarado”, explicou.
Greve dos caminhoneiros no Maranhão
Pela alta nacional do óleo diesel, vários trechos de rodovias federais permanecem bloqueados no estado. Os atos dos caminhoneiros foram iniciados na última segunda e chegam ao seu oitavo dia em todo o Maranhão.
Por conta do movimento, reflexos já podem observados em vários segmentos. Nesta segunda-feira (28) a frota de ônibus foi reduzida em 90% na capital, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís (SET). Além disso, os campus de universidades no Maranhão decidiram paralisar as suas atividades por conta da falta de combustível.