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Policial aposentado da PRFV morre em briga entre seus dois filhos a Brigada Militar do RGS

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O policial aposentado da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Fábio Zortea morreu, na madrugada de segunda-feira 23/08, em uma ocorrência que envolveu dois de seus filhos e uma equipe da Brigada Militar (BM) em Torres, no Litoral Norte.

Um dos filhos também foi baleado e está internado em estado grave no hospital. Os dois policiais envolvidos foram afastados.

 

De acordo com a BM, a corporação recebeu ligações, na noite de domingo 22/08, de pessoas que reclamavam de perturbação da ordem pública perto de uma padaria, situada na região central do município.

Fábio e Luca, filhos de Zortea, estariam supostamente causando confusão num estabelecimento e na rua. Uma guarnição, com dois policiais militares, foi enviada ao local.

A versão da BM narra que os dois suspeitos teriam supostamente se negado a cumprir a ordem de parada e revista, passando a agredir um dos policias.

Os irmãos também teriam imobilizado e tentado tirar a arma de um dos PMs.

No entanto, conforme o advogado que atende a família, Ivan Brocca, a BM agiu de forma “truculenta” e com “total despreparo”. Segundo ele, os dois irmãos estiveram na padaria, onde compraram cervejas.

Na volta, pararam para recolher galhos secos de uma árvore que era adotada por um deles.

Depois, ao chegarem em frente ao prédio onde moram, foram abordados pela BM. Ao ouvir a briga, o policial aposentado deixou o apartamento e foi até a rua, onde acabou baleado.

— Um vigilante particular viu eles limpando a árvore e acionou a Brigada por entender que se tratava de algum tipo de vandalismo.

O pai, policial Zortea, e a família têm costume de plantar e adotar árvores na cidade. Tem essa cultura com a natureza, por isso os dois estavam ali.

A BM os perseguiu até em casa, e chegando de forma truculenta, despreparada, batendo nos dois.

O vigia também participou das agressões — afirma Brocca.

O advogado da família afirmou que irá pedir a soltura dos irmãos e a prisão dos policiais militares e do vigia envolvidos no caso. Segundo Brocca, a versão da BM inverte os fatos:

O caso será investigado pela Delegacia de Polícia de Torres. De acordo com o delegado Adriano Koehler Pinto, que estava de plantão no município na última noite, os dois irmãos devem responder por resistência e tentativa de homicídio, porque teriam agredido o policial.

O que diz a Brigada Militar
Conforme o capitão da Brigada Militar de Torres João César Verde Selva, um inquérito policial militar foi aberto para investigar o caso.

— Os tiros ocorreram, pelo relato da guarnição, para defender esse policial que estava sendo agredido e evitar que o outro também fosse.

Não podemos, neste momento, dar nenhum parecer. Tudo será apurado e analisado — informou o capitão.

Em nota oficial, a BM afirmou que lamenta a morte do policial aposentado e que “reforça a integração que mantém com a Polícia Rodoviária Federal”.

O que diz a Polícia Rodoviária Federal
Em nota, a PRF manifestou solidariedade e “sincero desejo de conforto à família” do policial Zortea. A instituição afirmou que presta o apoio aos familiares e que irá acompanhar a apuração da Polícia Civil e da Brigada Militar, “enquanto se coloca à disposição em contribuir para uma justa e isenta investigação”.

Segundo a PRF, Zortea ingressou na instituição em 1994 e exerceu suas atividades na delegacia da PRF em Osório. Ele se aposentou em 2014.

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