O soldado da Polícia Militar do Maranhão, Carlos Eduardo Nunes Pereira, 34 anos, foi condenado a 27 anos e 6 meses de prisão pelos assassinatos de sua ex-companheira Bruna Lícia Fonseca Pereira, 23 anos, e de José Willian dos Santos Silva, 24 anos, em júri popular que foi encerrado na noite desta sexta-feira (28), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.
O crime ocorreu no dia 25 de janeiro de 2020, por volta das 13h30, no apartamento onde a mulher morava, no bairro Vicente Fialho, na capital.
De acordo com o processo, Bruna e Carlos Eduardo haviam rompido o relacionamento recentemente e ele não aceitava a separação.
Ontem, o juiz titular da 3ª Vara do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, negou ao réu o benefício de recorrer da decisão em liberdade e o acusado foi levado de volta para o presídio do Comando Geral da PM, onde já estava preso desde o dia do crime. Com a condenação na esfera criminal, Carlos Eduardo Nunes Pereira perde a função pública sendo excluído do quadro da PMMA.
Carlos Eduardo Nunes Pereira foi denunciado pelos crimes previstos no Código Penal, artigo 121, § 2o (homicídio qualificado), incisos IV (mediante recurso que dificulte a defesa da vítima) e VI (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino/feminicídio), em relação à Bruna Lícia Fonseca Pereira; e artigo 121, § 2o, IV em relação a José Willian dos Santos Silva.
Na sessão de julgamento desta sexta (28), os jurados afastaram a qualificadora de feminicídio. O réu foi condenado pelos dois homicídios, com a qualificadora uso de recurso que dificultou a defesa das duas vítimas.
No dia do crime, as vítimas, que trabalhavam na mesma empresa, e um colega de trabalho haviam decidido almoçar juntos e aguardavam o almoço pedido pelo aplicativo de celular.
O PM entrou fardado no apartamento e com uma pistola calibre 40, indo diretamente ao quarto onde estavam as duas vítimas. Após atirar nos dois, ele permaneceu no apartamento até a chegada da polícia, entregando a arma, sendo preso em flagrante. As vítimas morreram no local.