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O amor e a caridade no enfrentamento da depressão

Por Itamargarethe Corrêa Lima

Jornalista-radialista-advogada, pós-graduada em direito tributário, penal e processo penal, pós graduanda em direito civil, processo civil e docência do ensino superior.

Hoje, no nosso 14º encontro, à luz dos ensinamentos bíblicos e da ciência moderna, iremos propor uma reflexão sobre o papel fundamental do amor e da caridade no processo de superação da depressão, uma das enfermidades mais debilitantes do século XXI.

De forma clara e efetiva, tentaremos demonstrar que o exercício ativo dessas virtudes permite ao enfermo vencer o orgulho e egoísmo, reconectando-se com o próximo e com ele mesmo.

E o mais engraçado é que essa formula milagrosa não é recente. Desde os primórdios da tradição cristã, o amor é apresentado como a mais elevada virtude. Entretanto, esse sentimento não deve ser apenas emocional, exigindo uma ação concreta em favor do outro.

No contexto contemporâneo, o apego exacerbado assumiu o protagonismo, ocasionando, infelizmente, um grave entrave na busca pelo bem e, ainda, enfraquecendo a empatia e a solidariedade. Estudos realizados por Kasser (2002) indicam que pessoas, excessivamente materialistas apresentam maiores tendências a depressão, ansiedade e insatisfação com a vida.

Assim, ao privilegiar a “posse”, o mundo moderno enfraqueceu a nossa capacidade de amar verdadeiramente e de praticar os pilares fundamentais para a superação da depressão. Além disso, a revolução tecnológica, apesar de trazer inúmeros avanços positivos, contribuiu para acentuar esse fenômeno.

O ambiente virtual, segundo Turkle (2011), promove relações superficiais, estimula comparações sociais prejudiciais e reforça a ideia de que o valor pessoal é medido pelo status ou aparência. Ao invés de unir, essa conexão digital excessiva, isola, e distancia o indivíduo de interações humanas genuínas.

Estudos em neurociência demonstram que a prática do amor, por meio da caridade, desencadeia a liberação de neurotransmissores como a ocitocina e a serotonina, que promovem sensação de bem-estar e reduzem estados de angústia e tristeza.

Em apoio a essa compreensão, a carta de Tiago 2:17 ensina que “a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”. Na prática, assim também é o amor, perde seu potencial quando deixa de ser caridoso.

E como bem apregoou o apóstolo Paulo em Gálatas 5:14, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, daí a importância de nos colocar a serviço do outro. Paradoxalmente, quando isso acontece, o depressivo redescobre seu valor, dignidade e capacidade de transformar a realidade.

Dessa forma, concluímos evidenciando que a prática amorosa e caritativa não apenas obedece ao mandamento divino, vai muito além, abre caminho para a verdadeira cura da alma. Entendeu??? Essa semana ficamos por aqui, até breve!!

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