A Jovem de 24 anos foi morta com um tiro no peito no comércio da família após ir a um show com amigos em Varginha.
Tokyo, cavalo de Thayná, foi levado por amigas ela ao velório.
A jovem Thayná Fabri, de 24 anos, morta pelo ex-namorado com um tiro no peito no local em que trabalhava em Varginha (MG), era musa da torcida do Cruzeiro e apaixonada por cavalos. O velório dela, nesta terça-feira (31), foi marcado por muita comoção de familiares e amigos.
Thayná também era apaixonada por cavalos. Fez muitos amigos nas cavalgadas e era frequentadora assídua dos eventos. O cavalo dela, “Tokyo”, foi levado ao velório conduzido por amigas que estava emocionadas. (veja vídeo mais abaixo).
A Cláudia convivia diariamente com Thayná, já que trabalha próximo ao comércio da família. A alegria da amiga é a memória mais forte que ela vai guardar.
“Todo dia ela estava alegre, mas naquele dia ela estava mais pra cima, brincando, lavando o sacolão, a gente até brincou com ela, vamos comprar cartela e ela falou assim, brincou, hoje não. Aí a gente veio almoçar e logo veio a notícia”, disse a vendedora Cláudia Batista.
Homenagem do time do coração
Durante o velório, a NAV, Nação Azul Varginhense, estendeu bandeiras como forma de homenagear a cruzeirense apaixonada. Thayná acompanhava a torcida organizada local em jogos do Cruzeiro em vários estados e era muito querida pelos amantes do time da capital.
“Não tem quantidade de qualidades aqui para identificar o que a é pra gente, significa muito, sempre nos acompanhou no Mineirão, sempre que podia tava ali junto com a gente, guerreira. A gente tem passagens históricas, títulos conquistados no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, junto, era uma menina que o amor dela pelo Cruzeiro era inexplicável”, disse o presidente da NAV, Achilles Júnior.
A família de Paulo César Júnior, que se matou após atirar em Thayná, também estava bastante comovida no velório. A família disse que ele enfrentava um quadro de depressão e que ficava isolado em seu quarto e fazia uso de medicamentos.
A torcida do Cruzeiro prevê novas homenagens à eterna musa. “Dia 8 de junho, no jogo contra o CRB em uma quarta-feira, nós vamos fazer um minuto de silêncio, vamos colocar a imagem dela no telão, a gente vai colocar uma faixa de frente pra TV”.
“Homem nenhum é dono de mulher”, concluiu Achilles Júnior, presidente da Nação Azul Varginhense.
O crime
A jovem de 24 anos foi morta com um tiro no local onde trabalhava, na Avenida dos Imigrantes, no início da tarde desta segunda-feira (30), em Varginha (MG).
Segundo a Polícia Militar, o ex-namorado da vítima atirou na jovem e se matou em seguida.
Thayná Fabri foi morta com um tiro no peito esquerdo. Antes de cometer o crime, o ex-namorado dela, o bombeiro hidráulico Paulo César Júnior, se passou por um cliente do local onde ela trabalhava com o pai, um varejão.
Ele teria ligado momentos antes do crime para pedir uma entrega, o que fez com o que o pai dela saísse e ela ficasse sozinha no local.
Conforme apurado pela EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, a jovem já vinha sofrendo ameaças do ex e teria terminado com ele após ser agredida. A presença dela em um show no fim de semana teria sido o motivo pelo qual ele decidiu matá-la.
Segundo informações de testemunhas, a jovem terminou o relacionamento há cerca de um mês e desde então era perseguida por Paulo, que não teria aceitado o fim do namoro. Thayná já havia registrado boletins de ocorrência contra ele.
Postagem antes do crime
Horas antes do crime, ele postou uma mensagem nas redes sociais se despedindo da família e dos amigos.
“Minha mente transborda de ódio a cada dia que passa. Então antes que isso me domine, eu coloco um ponto final”, disse Paulo em um dos trechos.
Segundo a Polícia Militar, os indícios apontam para o fato do crime ter sido premeditado. Thayná deixa um filho de 7 anos de idade.
Vejam o vídeo