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Marina: quem hoje diz que Lula fecha igrejas ia ao gabinete dele orar

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Ex-ministra do meio ambiente falou sobre a expectativa de que seu apoio contribua para que o petista conquiste mais votos evangélicos

Ao anunciar nesta segunda-feira (12/9) seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022, Marina Silva (Rede) foi questionada sobre a expectativa de que ela contribua para que o candidato ao Planalto conquiste votos de evangélicos.

Os dois se encontraram na sede da campanha do petista na capital paulista.
Além de responder esse ponto, a ex-ministra falou sobre a confiança em Lula, inclusive, no que diz ao respeito da religião.

Marina usou como exemplo a fake news que afirma que o candidato à presidência fecharia igrejas, se for eleito.

Marina e Lula falaram em “momento histórico” ao anunciarem a reaproximação políticaRicardo Stuckert/Campanha de Lula

A candidata a deputada federal por São Paulo complementou: “Muitos dos que hoje dizem essa mentira como estratégia eleitoral até iam no gabinete do presidente fazer oração com ele”.

Voto evangélico
Sobre o voto dos evangélicos, Marina Silva reconheceu que a religião está influenciado às eleições 2022. No entanto, afirmou que não pretende misturar a crença religiosa com as questões políticas.

“De fato nós temos uma situação complexa na realidade política do nosso país. Que é como lidar com uma uma mistura complexa, delicada de fundamentalismo político com fundamentalismo religioso”, ponderou sobre a procura dos votos de evangélicos.

A ex-ministra do meio ambiente ressaltou que as políticas públicas devem ser feitas para todas as pessoas.

“A melhor forma no meu entendimento é tratar todos os brasileiros e brasileiras como cidadãos. Os católicos são os cidadãos, os evangélicos são cidadãos, os espíritas, os judeus, as pessoas que são de religiões de matriz africana e os ateus, porque nós somos um estado laico”, disse.

Liberdade religiosa
A ex-candidata à presidência ainda ressaltou que a separação entre religião e Estado é um “legado” da reforma protestante.

“O povo cristão não pode se separar, se apartar desse legado imaginando que nós vamos ter no Brasil um governo teocrático. E que vamos impor qualquer tipo de fé a quem quer que seja”, disse a candidata da Rede.

“Qualquer coisa que leve pro caminho do ódio, do exclusivismo político ou religioso, isso não é bom pra democracia, não é bom para as religiões e desrespeita a nossa constituição. Eu nunca fiz do púlpito um palanque, nem do palanque um púlpito”, complementou.

Marina ainda afirmou que são necessárias políticas afirmativas para reparar historicamente grupos que foram vulnerabilizados, como os povos indígenas, mulheres e a população LGBTQIA+.

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