Um ano depois de começarem a receber medicamento imunoterápico, voluntários não apresentaram mais sinais dos tumores.
Uma nova esperança para os pacientes com câncer colorretal com uma mutação específica foi publicada na revista científica The New England Journal of Medicine nesse domingo (5/6).
Todos os participantes de um estudo americano viram o câncer desaparecer um ano após começarem a receber o medicamento dostarlimab.
O imunoterápico, que é aprovado em alguns países (inclusive no Brasil) para tratar câncer de endométrio, não tinha sido testado contra outros tipos de tumores.
Os indivíduos tomaram o dostarlimab a cada três meses durante seis meses. Um ano depois do início do tratamento, não foram encontradas evidências de tumores nos exames.
Todos os pacientes que participaram têm uma mutação chamada MMRd, que acomete de 5% a 10% das pessoas com a doença.
Esta característica tende a tornar os indivíduos menos responsivos à quimioterapia e radioterapia, mas deixa as células cancerígenas mais vulneráveis à resposta imunológica incentivada por um agente imunoterápico, como o remédio.
Em entrevista ao jornal The New York Times, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado na história de estudos contra o câncer.
Dos 18 participantes, 6 ainda não tiveram seus resultados divulgados por terem entrado no teste do medicamento depois.
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